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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Apenas o tempo...




Depois de muito tempo sem escrever, decidi voltar a postar. O blog anterior foi excluído e desde então tenho tido várias inspirações ultimamente, mas parece que agora uma borracha passou e eu apenas tive vontade de escrever.
Parece que essa história de mudança de ano mexe mesmo com todo mundo. São apenas números, calendários, mas ficamos presos. Fazemos planos, mudamos muita coisa, e finalmente decidimos fazer algo que até então tinha sido adiado.No ano novo todo mundo te deseja as melhoras coisas: saúde, paz,realizações e que "esse ano que começa seja o melhor de sua vida até então". Mas aí a gente dá uma desanimada. A lista imensa de coisas que fizemos lá no primeiro de Janeiro começa a ficar difícil né? haha.
Essa história de que o ano mudou faz todo mundo pirar e às vezes tomar decisões extremas, mas é apenas calendário.
Ano passado, por exemplo, foi um ano muito difícil pra mim e aí eu acabo pensando que 2011 vai ser melhor, como uma recompensa pro ano anterior. Mas se você começa a analisar, acaba percebendo que tudo é apenas consequência de seus atos. É tudo assim. Sempre procuramos encontrar causas, mas tudo gira em torno de nós mesmos e de nossas atitudes.Não são as coisas que mudam e sim a maneira de as  encararmos. Eu sempre tentei ver as coisas de uma maneira positiva e se tem alguém que me irrita extremamente são pessoas negativas, que só sabem reclamar e nada fazem pra mudar.
Se repetirmos um certo tipo de ação várias vezes, ela se tornará um hábito. E um hábito enraizado se transformará na tendência de agir, pensar ou reagir a desafios de uma maneira específica. Estas tendências acumulam-se e são impressas nos níveis mais profundos de nossa vida, conseqüentemente criando o que virá a se tornar a essência da nossa personalidade."
Esse trecho tirado de um site sobre Budismo, traduz bastante do que estou tentando dizer. Às vezes não nos damos conta dos detalhes e vamos deixando passar, mas são os detalhes que vão moldando nossa personalidade. Simplesmente dizer " eu não ligo" tem muito peso em nossas atitudes e na maneira que as pessoas nos verão. O que é outra grande mentira: "eu não ligo pra opinião dos outros e o que dizem de mim", mas sempre acabamos pedindo a opinião de quem amamos, não queremos de uma forma ou outra desapontar essas pessoas, mesmo sabendo que elas nos amam e nos respeitarão em nossas decisões.
Outra coisa que vi muito claramente ano passado é que algumas coisas não estão em nosso alcance e temos que simplesmente aceitar isso. Não podemos nos culpar por todas as coisas que acontecem. Isso parece entrar em contradição com o argumento acima, de nossas ações, mas temos que saber reconhecer que apesar de termos responsabilidade na nossa situação atual, existem coisas que simplesmente não estão em nosso alcance. Muitas vezes deparei-me com situações que eu dependia de outros fatores além da minha boa vontade e que eu não estava ao alcance disso e apenas me conformei de que não era a hora, não era o momento.
Aprendi também que existem situações que não podemos forçar, não é pra ser, não é o momento. É clichê, mas é real.
Aprendi a ser menos emoção e mais razão. Tive, que por muitas vezes me desfazer de coisas da qual eu estava acostumada a fazer, hábitos que me faziam mal e também me desfiz de amizades que já não me faziam bem  e que me faziam cometer atos chatos. Acho que é mais ou menos assim: tentar não lembrar muito de coisas que te impeçam a tomar aquela decisão.
Vejo muitas pessoas e muitos casais simplesmente sustentando a situação pela rotina, porque se acostumaram assim e por causa das lembranças boas que nem existem mais. Eu não sou assim. Se eu for parar pra pensar em lembranças boas que não voltam mais, eu vou ficar presa a coisas que não fazem mais sentido hoje e não deixarei a vida seguir em frente. Às vezes é preciso chutar o balde mesmo, ser radical e não olhar pra trás.
A gente muda o tempo todo todo o tempo. Isso basta. ;)

5 comentários:

  1. Oi Ju,
    Belo post, parabéns, tem todo a ver com o que estavamos coversando uns dias atrás, concordo com você em todo esse texto.
    Beijos!
    André

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  2. Quem dera se todas as decisões estivessem apenas em nossas mãos, seria bem mais fácil lidar com todos os problemas que surgem. O destino está traçado, mas são as nossas escolhas que interferem. Aquilo que não está ao nosso alcance, a gente tem que ceder, é a única forma de sobreviver. Assim como aquele livro "O Segredo", nem sempre quando pensamos positivamente realmente acontece, mas pelo menos fizemos a nossa parte ^^
    Beijos!!!

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  3. Eu concordo e discordo em partes com a Paula. Acho sim que a maioria das coisas está ao nosso alcance e é possível transformar o veneno em remédio.

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  4. Parabéns pelas reflexões, Ju, eu acredito que transformá-las em palavras é uma segunda etapa que as consolida. Concordo plenamente que muitas coisas que nos acontecem são fruto das nossas atitudes, acho que é mais ou menos o que diz o existencialismo. Não acredito em destino e não acredito em coisas que não eram ou eram "para ser". E de fato certas coisas não dependem apenas de nós, como já dizia Francisco de Assis em sua belíssima oração: "Senhor, dê-me serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar."

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  5. Oi Ju
    Dsculpe pela ausênica amiga..
    Estou de acordo com o que vc escreveu...nós somos responsáveis pela nossa felicidade, que nada mais é que a consequência dos nossos próprios atos... Não podemos controlar td, mas podemos decidir quase td o que faremos, se não conseguirmos td, na pior das hipóteses, poderemos nos orgulhar de ter tentado com todas as nossas forças...
    Te amo, amiga!
    Bjinhos

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